PRIMAVERA ÁRABE
O período chamado de Primavera Árabe consiste em uma série de manifestações históricas que ocorreram em seis países do Norte da África e Oriente Médio. Cidadãos do Barein, Egito, Iêmen, Líbia, Síria e Tunísia foram às ruas contra os governos ditatoriais e opressores, a falta de liberdade de expressão, e pela crise econômica em que alguns territórios se encontravam.
A Tunísia foi o país precursor para que as rebeliões acontecessem. Em 17 de dezembro de 2010, um jovem vendedor de frutas ateou fogo no próprio corpo quando policiais a serviço do governo o impediram de comercializar naquela região. Movidos pelo senso de injustiça e revolta, cidadãos tunisienses iniciaram uma onda de protestos contra o ditador Zine El Abidine Ben Ali e a pobreza extrema que se alastrava pelo país. Devido aos acontecimentos, no dia 14 de janeiro de 2011, o regime de Bem Ali caiu. Com isso, uma nova Constituição foi aprovada e novas eleições foram organizadas, levando Beji Caid Essebsi - da frente anti-islã - ao poder.
Na Síria, os rebeldes visavam retirar o ditador Bashar Al-Assad do poder, cuja família está no poder há mais de 47 anos.
Dos participantes, apenas a Barein e Síria não obtiveram êxito na tentativa de retirar seus governantes do poder.
Além da guerra entre governo e civis, a Síria ainda enfrenta a constante ameaça do grupo libanês Hezbollah, e das milícias iranianas (que apoiam o ditador Bashar Al-Assad). Na luta contra a ditadura, a frente Frente Al-Nusra, um braço da rede extremista Al Qaeda na Síria, foi um dos primeiros grupos a surgir.
Posteriormente, em 2013, o Estado Islãmico do Iraque e da Síria (denominado ISIS) entrou na guerra como um movimento que se separou da frente Al Qaeda no Iraque. O grupo terrorista defende a religião islâmica como única correta no mundo, e tem como objetivo lutar contra o ocidente e conquistar territórios a fim de fundar um Estado rigorosamente islâmico. Por isso atualmente, enfrenta o governo e rebeldes, já que nenhum dos dois defende tais princípios.